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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Quarta-feira de ganhos generalizados rende alta de mais de 3% ao Ibovespa

Por: Equipe InfoMoney
28/05/08 - 17h50
InfoMoney

SÃO PAULO - Um olhar para o desempenho dos mercados globais na quarta-feira (28) evidencia um retrato de ganhos generalizados, mas um em especial chama mais a atenção, e é o brasileiro. O dia foi de saldo extremamente positivo à bolsa, que recuperou grande parte das perdas acumuladas nas últimas sessões, e ainda contou com bom avanço do real frente ao dólar.

Nem por isso a instabilidade passou desapercebida, mas se limitou a Wall Street. Uma combinação de novo ajuste do petróleo com indicador positivo do setor industrial norte-americano trouxe ganhos aos índices externos na abertura, que não se sustentaram por todo o intraday, mas prevaleceram sobre o fechamento.

O movimento do mercado norte-americano esteve durante toda a sessão atrelado a estas duas ocorrências. A virada para baixo de Wall Street no meio da tarde pode ser associada à inversão da tendência do petróleo, que com projeções do Morgan Stanley de novos patamares recordes voltou à margem dos US$ 130 por barril.

As implicações inflacionárias trazidas pela questão pressionaram os índices no primeiro instante, mas a resposta dos papéis ligados ao mercado de commodities no final puxou Wall Street de volta para o azul.

A outra vertente citada foi o setor industrial. O Durable Good Orders referente a abril veio melhor que as expectativas dos analistas e alimentou ganhos dos papéis do segmento, a outra fonte principal do fechamento positivo das bolsas externas.

Mercado interno com vida própria
Apesar do grande volume de eventos na esfera externa, o ambiente interno dos negócios mostrou vida própria, e graças ao noticiário corporativo. Um sentimento positivo foi disseminado entre os investidores com a disparada das ações da Cesp, que chegaram a subir mais de 13% no meio da tarde em resposta a novos rumores acerca da retomada de seu processo de privatização.

E este sentimento citado ganhou ainda mais força ao longo do intraday. A agência de classificação de risco canadense DBRS seguiu os passos da Standard & Poor's e elevou o rating da dívida do Brasil em moeda local e estrangeira para grau de investimento. Mesmo não participando da tríade principal das classificadoras, a DBRS ampliou ainda mais a expectativa em torno de eventuais movimentos da Fitch e da Moody's.

Ibovespa avança mais de 3%; real ganha força
Entre estes eventos, o Ibovespa mostrou expressivo fôlego para recuperação e encerrou o dia marcando forte avanço de 3,04%, que o rendeu a volta da margem dos 73 mil pontos e ainda próximo de novos recordes, exatamente a 73.153 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 7,46 bilhões.

No mercado de câmbio, a força interna inverteu o movimento antes ascendente do dólar comercial frente ao real e colocou a moeda norte-americana a R$ 1,6560 na venda, com desvalorização de 0,90%.

Maiores altas e baixas
O grande destaque do dia ficou por conta da reação dos papéis da Cesp à evolução dos rumores em torno da possibilidade de retomada do processo de privatização. Os ativos preferenciais de classe B da empresa dispararam 9,60%.

Na contramão, os ativos da AmBev refletiram as notícias envolvendo uma investigação dos órgãos reguladores quanto ao uso de embalagens irregulares por parte da empresa, e cederam 2,61%, uma das três desvalorizações do Ibovespa no dia.

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