O gráfico da média dos fundos de ações que postei ontem (para ver, clique aqui) reflete um pouco o título da reportagem. Mesmo no período de crise, a média dos fundos de ações fechou o 1º trimestre no positivo.
Fonte: InfoMoney
SÃO PAULO - O FMI (Fundo Monetário Internacional) considera que a crise financeira atual é a mais preocupante desde a Grande Depressão da década de 1930. Trata-se de uma assertiva ousada, dada a dificuldade de medir impactos durante o decorrer do processo. Contudo, para o mercados de ações brasileiro, nada parece tão grave.
Está certo que o primeiro trimestre de 2008 foi o pior dos últimos anos. Mas concentrar-se no apelo trágico dessa apuração é ignorar um histórico invejável. De janeiro de
Além disso, o intervalo entre janeiro e março nem sempre é uma boa aproximação da performance anual. Em 2003, por exemplo, o primeiro trimestre foi estável, mas a bolsa brasileira disparou 97,34% no ano.
Tão mal assim?
De janeiro a março de 2008, o Ibovespa registrou queda de 4,57%. O primeiro mês foi o pior, com desvalorização de 6,88%. Já em fevereiro, a bolsa subiu 6,72%. Por fim, em março a baixa foi de 3,97%. Oscilações desse porte certamente refletem volatilidade, mas não necessariamente uma tendência consolidada de perdas.
O fato de que a renda variável brasileira assume mínimos momentâneos para depois voltar a subir indica que, apesar da crise, os investidores continuam considerando os papéis domésticos como atrativos. Grandes depressões estão sendo encaradas como oportunidades de compra, conforme mostra este início de abril.
Bolsas versus recessão
Não há uma correlação absolutamente r
Foi o que ocorreu
A valorização do mercado acionário não implica que a recessão está resolvida. Na verdade, freqüentemente se observa que as maiores inclinações da curva de recuperação ocorrem nos últimos meses de recessão. Portanto, o investidor que segura o ímpeto até uma solução definitiva para a economia pode estar ausente durante a melhor parte dos ganhos.
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