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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Fundos de Ações - Média Geral (Retornando de Férias)

Depois de um longo período de afastamento devido à conclusão de minha monografia da pós, ao trabalho que pegou à beça antes das férias, retorno com a publicação do gráfico da média geral dos fundos de ações. O gráfico é obtido a partir das cotações dos seguintes fundos de investimento do Banco do Brasil:
- Bancos
- Consumo
- Dividendos
- Energia
- Exportação
- Petrobrás
- Siderurgia
- Sustentabilidade Empresarial
- Telecomunicações
- Vale
- Multimercado


Lembrando que o multimercado é o único que não se trata de fundo de ações.

É importante também verificar a variação dos fundos desde o último TH (por volta do dia 16/5/08 até o dia 1/10/08):

Siderurgia -49,70%
Vale -48,50%
Exportação -42,70%
Consumo -32,30%
Petrobrás -28,30%
Dividendos -27,00%
Sustentabilidade Empresarial -26,00%
Bancos -20,10%
Telecomunicações -20,10%
Energia -12,90%
Multmercado -2,70%


Sem dúvida o mundo passa por uma das maiores crises da história. A dependência e a ansiedade pelas ações do governo americano contaminaram todos os mercados e os dos países emergentes sofrem mais com a volatilidade (sobem mais quando lá fora sobe e caem muito mais quando lá fora cai).

O tal do pacote de 700 bilhões vem sendo colocado como a solução do problema. Para quem é do contra acha que não é a melhor opção, por outro lado, alguma medida deve ser tomada para garantir o funcionamento dos mercados. Já fazia tempo que o Fed apenas tapava buracos, esperando que o mercado se adequasse sozinho à crise.
Agora vêm com um discurso cheio de palavras fortes, como disseram: "the party is over".
A meu ver, demoraram para avisar que a festa tinha acabado, só avisaram depois de terem desligado o som e encerrado o serviço de bar (quem ficou na pista, perdeu a chance de sair na hora certa e acabou dançando sem música).

Os 700 bi retratam bem o tamanho da crise (se são suficientes ou não, ninguém sabe, até por que já falam que esse valor foi chutado). De qualquer forma, uma atuação perante o cenário atual deve acalmar um pouco os ânimos (o mais complicado vai ser segurar a volatilidade psicológica - depois de tanto quebra quebra, a cada próxima notícia ruim, "nêgo vai sair correndo de com força", como já dizia o poeta, "cachorro picado com cobra, tem medo até de xalxicha").

Bem, acho que já enrolei demais. Não cabe a mim dizer se a crise vai passar logo, ou se vai se acentuar. Acho que temos vários ângulos para vislumbrar a crise:
- os preços caíram muito e papéis de empresas sólidas podem ser considerados "baratos" (bom para quem busca o longo prazo e compra sempre);
- o mercado precisa mostrar alguma recuperação para que se pense em voltar a comprar;
- quem não vendeu pensa em transformar aquela aplicação de curto e médio prazo em longo prazo). Neste caso, não se pode mais fazer conta com esse dinheiro tão cedo;
- papéis de empresas do setor de energia seguraram mais diante da queda (bem provavelmente por causa dos bons dividendos que essas empresas pagam), talvez ainda haja tempo de migrar parte da carteira para este setor;
- o setor de siderurgia, exportação e consumo foram os que mais caíram (talvez por que estavam mais "esticados") de qualquer forma, podem representar também variações positivas acima da média;
- seria loucura entrar no mercado no meio dessa crise, é melhor deixar meu dinheiro na renda fixa e esperar a situação melhorar.

Como falei, existem inúmeras opiniões e pontos de vista. É importante inteirar-se bem do assunto para tomar uma atitude mais fundamentada. Devemos tomar cuidado para não deixarmos nos influenciar por analistas muito otimistas ou outros pessimistas, pois é muito comum posicionamentos extremistas (vender muito barato e tomar um prejuízo grande por não ter esperado alguns minutos).

Abraços,

Rogério Rios

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